Passei cerca de sete dias pensando sobre a imprevisibilidade e o querer e não poder. Esbarrei em muitas cadeiras e tropecei em várias calçadas e, por fim, concluí com tais acidentes o óbvio, acrescido de um pouco mais dele mesmo.
Não poderia prever um tropeço ou um esbarrão por mim mesmo, mas poderia evitá-los não relegando minha atenção a um campo imaginativo. Entretanto, o que é relevante advém do fato que o piso deveria ser minimamente liso e as cadeiras haveriam de der uma distância mínima umas das outras, a fim de ambos providenciarem passagem segura.
Por concluir o óbvio e novamente repensar e concluir a mesma coisa, cheguei ao fato do querer e não poder. Não haveria como brotar do chão calçadas maravilhosas e salas com móveis simetricamente espaçados.
Assim, a força em questão que me fez parar de pensar por falta de coerência é a situação em que as pessoas adoram usar coisas degeneradas e usufruir de locais perigosos. Estendendo-se tal raciocínio também aos relacionamentos degenerados e perigosos.
Então, a falta de coerência haverá de ser desvendada em outra semana conturbada.