24 de ago. de 2011

Boring

Jaz em terra fértil de possibilidades, valores e desvalores, uma legião de jovens energizados. Todos aficionados em coisas momentaneamente úteis e sedutoras, tão simplórias quanto agradáveis. 

Depois de um breve estado de satisfação, desmorona o peso das responsabilidades e tempo perdido. Pedregulhos a rolar do penhasco, atingindo uma casa supostamente segura e confortável.

Em meta de evitar fatalidades, indivíduos preferem artes exatas. Assim, apostam em nunca errar cálculos e manter moradores de residências salvos, colunas e estruturas de construções impecáveis.

Prédios caem.

Outros ralam na arte do improviso, a arriscar e obviamente exercendo o desprecavido. Cultuam a adrenalina e, apesar de desaprovações, engatam na surdez e empreendem seus delírios de felicidade.

Ninguém é imortal em carne.

Parece-me muito com uma época de pessoas chatas.

21 de ago. de 2011

Bem como o bem comum

Ao acordar defendemos uma rápida e imperceptível passagem do tempo presente. Assim, encontramos desejáveis eventos em marcadas horas do dia. 

Convém a exclusão dos minutos, segundos, bem como as horas. A totalidade definida em prazerosos momentos destacados entre consumo frenético e relações flexíveis.

De fato, o sol brilha todo dia, as pessoas ainda atravessam na faixa de pedestres e outras também não o fazem. Mas, na verdade, de nada importa o que os outros fazem pois, de maneira utilitária, convém apenas saciar interesses individuais. 

Talvez o comum seja entendido como um tanto cafona, bem como o bem comum.