Chamo, aqui, de lugar secreto, obviamente pelo desconhecimento por parte de indivíduos. Mais que timidamente visitado, extremamente agradável. No ar, uma maresia salgada e refrescante, e, nas avenidas, plantas singulares.
Aqui perto existe uma reserva, demasiados insetos e vegetação pouco explorada - estranhamente denominada virgem. Essa singularidade a torna especial [dotada de mistério]. Aqui, nesse bairro bucólico, morar de encontro às plantas é, como ressaltado, agradável. Mas queria mesmo uma casa na árvore, no topo daqueles intocáveis troncos marrom-acinzentados e de folhas de gradientes verdes.
Exatamente de encontro ao "espírito símio". Não no aspecto criacionista ou darwinista, mas em outro sentido, dizem que espíritos [chamam de fantasmas] podem fazer o mal. Tais criaturas vagam por aí. No caso de morar em árvores, o mal que vejo é um tombo, consequencia de um sopro do além ou das leis físicas. E haverá de ser fatal em uma altura considerável. Não sou espírita, mas conheço um pouco de ciência. Não obstante o fato dela também ser, às vezes, desprovida de sentido.
Não convém se espíritos [talvez divindades] ou ciência produzem avenidas, maresia ou insetos, ou se ambos conspiram contra nossa sorte. Aliás, observei que a existência e seus eventos são melhores [supostamente] aproveitados sem o questionamento de suas origens. Por isso é comum viver feliz na ignorância, contemplando aceitações. Carpe diem. Questionar é perda de tempo.