21 de abr. de 2012

São 4, apenas isso

Pensou ele: o que é lixo, o que é descartável? Correr atrás ou deixar encontrar? Nenhuma das quatro. São perguntas equivocadas.

Extremamente equivocadas. Talvez em hora errada, mas inevitáveis. Então vem o trabalho e mais trabalho, ao menos muito menos complicado. Sim, mais tarefas e mais afazeres. Pois as quatro perguntas são assustadoras, demais, assim são.

A mil, dois mil. Melhor três mil. Calar também, apenas efetuar, sem muito raciocinar. Mas as quatro perguntas ainda estão por aqui, em algum lugar, ou em todos.

20 de abr. de 2012

Zumbis e esperanças

Não é tão azul, pois já é noite. Nem mais céu, pois já foi mais bonito. Não há mais penduricalhos, lembra, aqueles prateados? Todos arrancados.

Restam buracos de tamanhos diversificados. Leilão para quem os preenchem mais rápido.

Certa capacidade duvidosa, os outros, olhos e ouvidos tapados. Língua travada. Fúnebre.

De fato, não um apocalipse zumbi. É apenas o início ou o meio. O final será sensacional.

15 de abr. de 2012

Flores encharcadas

Aqui fora, o vento estava frio, bem como o ambiente e o tecido da rede. Permaneci na varanda por dez minutos, em repouso, mas logo corri para dentro. Dei umas três voltas entre a suíte e meu quarto, sem pensar concretamente em nada. Por exatamente um dia, não formulei nada utilizável.

Já estou certo de que todo esse movimento não me faz pensar melhor, mas, por outro lado, não me faz pensar nada. Ótimo.

Preciso de chuva, sim, algo que me recordo é que ela me traz serenidade. Aliás, Vivaldi e a sua primavera também. Uma primavera chuvosa.