18 de dez. de 2009

Descrição de um momento...

O céu repentinamente enegrece. O som  da gloriosa chuva vem de longe avisar a chegada do aguaceiro. Raio, trovão, estrondo. Cai dançando na atmosfera da cidade, vai preenchendo os lugares da terra antes sequinha. Logo cobre todo o bairro com o manto molhado. Encharca as plantas e espanta os animais, muda a estúpida rotina. Corre pelos córregos, alaga os buracos e dorme na colo da mãe terra. É a senhora do momento.


17 de dez. de 2009

É a vida! (22)

O feixe de luz atravessa imponente a penumbra da escuridão, mas sua força é mínima comparada ao poder das trevas que cobrem a noite na mata.

O tempo é rápido e sagaz, quando acordamos já se passou muito tempo. Anos passam como um barco em um rio turbulento. Tudo flui e um dia algo de interessante tem de acontecer, afinal a vida é feita de inconstâncias.

Apuã um dia fora um menino, agora é homem que possui hábitos estranhos. Calado, sanguinário e artista amador. Pintava nas árvores com sangue de lobo e tripas de jaguatirica. Loiro de olhos azuis, vivia no meio de um monte de índios. Nada lhe agradava aos olhos, nem tinha apego à sua mãe adotiva - Ataia. Um dia tudo mudou, pois chegara uma expedição estrangeira, com médicos estrangeiros. Surpresa! Desceu do bote a deusa: alta, branquela e com olhinhos azuis da cor do orvalho das folhas das árvores. Caminhou acompanhada de seu companheiro, também de estilo europeu. Era um casal bonito.

Logo os visitantes puseram-se a trabalhar. Apuã observava a médica, com muita atenção e olhar de fascinação. Nunca havia sentido tamanho fogo corroer o peito. Paisagem mais bonita que por-do-sol no riacho.

A médica correu em direção ao seu parceiro, também médico, e abraçou-lhe. Efetuaram um beijo apaixonado. Logo os olhos de Apuã enegreceram de ciúmes e decepção. Começara o despertar de sentimentos obscuros e maquiavélicos. Escuridão sem fim e depreciativa.

O filhote de jaguatirica vasculha o esconderijo em busca da mãe. Procura em vão e deita-se em um canto para chorar sua solidão.

15 de dez. de 2009

Mije no Ralo!

Seu xixi não merece tanta água, portanto mije no ralo! Esta não é uma idéia original, mas é bastante ecológica e plausível.

Para que desperdiçar tanto H2O? Quantas vezes você mija por dia e quantas descargas são efetuadas? Faça as contas! Uma quantidade relevante de água é desperdiçada para diluir pouca quantidade de uréia. O ralo está apenas a alguns metros da privada... Então... Mije no ralo! É ecológico, seguro e prático. Isto não é uma piada, é uma dica simplesmente incrível! Nunca haveria de pensar em algo tão sensacional, nunca mais esquecerei esta nobre atitude!

Claro que existem outros métodos. Deixar o xixi acumular na privada, por exemplo. O fedor ficaria insuportável, mas é para o bem do planeta! Outra solução: urinar ao ar livre. Esta é uma atitude mais radical, refrescante e oferece um ar de liberdade. Funciona perfeitamente, apenas não banhe as pobres plantinhas com seu xixi, elas não merecem e... Cuidado com os curiosos, eles sempre estão por aí.

É isso! Até quando mijamos temos de pensar na economia dos recursos naturais! Urine no ralo e ajude nosso planeta!

14 de dez. de 2009

É a vida! (21)

Na mata molhada pelo orvalho estava a criança sorridente. Os passarinhos defecavam em seu rosto, porém a alegria do pequenino ser humano não era abalada pelo fedor surpreendente, talvez ele até apreciasse o sabor da titica.

Entre a densa mata da floresta surge uma nativa, atraída pelos berros de alegria do pequenino. Ataia carregava uma espécie de sacola feita com folhas de alguma árvore extremamente resistente, na sacola estavam dezenas de frutos os quais seriam para a celebração da noite, em sua aldeia. Ao avistar o motivo dos estridentes gritinhos infantis, Ataia largou o sacola e correu para amparar o bebê. Ele estava bem, forte e alegre, porém demasiadamente sujo.

- Quem é você, pequena criança?

A índia embrulhou a criança em seus seios robustos e se dirigiu para a aldeia, a sacola ficou por lá mesmo.

Curiosidade é algo curioso. Logo todos rodearam Ataia e o pequenino. Ele era branco demais, chamava atenção. Cabelos loiros e olhos verdes...

O Diferente pode trazer alegria ou desgraça.

Ataia deixou o bebê aos cuidados de outras índias e foi atrás de sua sacola. Achou-a e começou a examinar o local onde encontrara a criança. Encontrou uma bolsinha, talvez estivesse com o bebê. Guardou, poderia servir para algo em breve.

O bebê brincava perto de uma das cabanas, já bem limpinho e alimentado. Surge uma arara, linda e imponente em suas cores vivas e invejáveis. O bebê olhou, examinou, parecia tramar algo.

Ataia avistou o bebê de longe, em uma cena incomum.

- Larga o bichinho!

Nas mãos da frágil criança estava o pescoço do passarinho, torcido e dilacerado. O bebê estava vermelho, lambuzado pelo sangue do animal. Ele experimentou uma nova tonalidade de vermelho, entrou na moda indígena. Pintar-se por aqui é comum? - deveria ter pensado.

É a vida.

13 de dez. de 2009

Dever de Casa!



Coisas que fazemos para a aula de Comunicação Visual:

























É divertido fazer tudo isso...                    :-)