18 de set. de 2009

Interligação


    Plínio era uma garoto pobre que vivia em um bairro não sei de onde, em alguma cidade localizada em um país predominantemente desigual. Portador de uma doença incurável e fatal, ele aproveitava seus últimos dias de vida. Algumas centenas de quilômetros após sua humilde residência morava Fábio, um garoto que portava a mesma doença mas que possuía, cem milhões de vezes, melhor renda financeira.
    Fábio possuía tudo. Seu pai lhe comprara tudo o que pedia, mas ele nunca estivera satisfeito: queria ter algo além do que aquilo que a sua esplêndida condição financeira o condicionava.
    Plínio era soldado toda manhã, general toda tarde e imperador toda noite. De vez em quando queria ser um pássaro para conhecer o mundo, mas isso era de vez em quando. Ele lutou em muitas guerras e participou de inesqueciveis batalhas. Governou sabiamente diversos povos e construiu inúmeros e indescritíveis monumentos. Plínio era feliz em seu mundo super feliz.
    Quando Plínio morreu, todos os seus companheiros o visitaram. Foi feito um funeral digno de um rei. Todos dançavam e cantavam, bebiam e conversavam. Era o que ele desejaria. Partiu sem dor e feliz.
    Fábio passou seus últimos dias em seu quarto apreciando a parede branco-gelo. Em seu funeral alguns choraram, outros fingiram o ato de chorar. Alguns aproveitaram para discutir negócios e outros trocaram abobrinhas. Morreu como qualquer outro morreria algum dia.

Imaginar constitui a maior ferramenta do ser humano. Tudo existe pois alguém imaginou como seria e como funcionaria. Raciocinar é imaginar. Deus imaginou como seria o mundo, e hoje temos o que temos:  perfeita harmonia. O que mais me fascina é a imaginação de uma criança. Ela pode ser o que quiser. O mundo infantil é mágico, incomparável. A criança não tem preocupações, ela simplesmente imagina as soluções e para ela isso é real. Como eu queria ser novamente criança!

16 de set. de 2009

Novamente Amazônia

    O que representa a Amazônia para um brasileiro que vive no Sudesde? Talvez um monte de mato que deve ser preservado pois possui uma grande fauna e flora que proporcionarão através de pesquisas, em um futuro próximo ou distante, um cura para uma doença que até então fosse incurável? Sim.. essa seria um dos pensamentos. Não é um mal pensamento, porém é um pensamento extremamente localizado. Pergunta-se a um trabalhador que mora nas imediações da floresta Amazônica o porquê de preservar a vegetação; ele provavelmente responderia: desta floresta eu tiro o sustento da minha família; sou extrativista e dependo inteiramente da floresta.
    Apresentei dois pontos de vista diferentes, um extremamente didático e outro estritamente ligado com a sobrevivência de grupos locais da amazônia; ambos válidos, de certo. Apesar de toda a preocupação, a nossa riquíssima floresta vem sendo destruída, reduzindo-se a pastos e plantações de soja. Vários debates são feitos com o intuíto de chegar-se a uma solução para a salvação da floresta a qual agrade aos emrpesários, políticos, opinião pública e moradores locais. Apresentarei agora uma sugestão um pouco que utópica.. Vivemos no mundo Capitalista, certo? E tudo o que dá dinheiro é geralmente bem aceito e mantido. Mostrar que a floresta Amazônica de pé rende mais dinheiro que ela no chão é uma solução discutida em muitos lugares. Meu professor de Geografia do Ensino Médio relatava isso, também já li essa idéia em vários lugares. Agora o difícil é desenvolver os mecanismos necessários para que esse objetivo seja alcançado. Utópico? Eu acretido que tudo é possivel. Por exemplo, em países europeus a medida que a floresta é derrubada há o reflorestamento contínuo e então, depois de algum tempo, eles começam a derruabar novamente as prórias árvores reflorestadas que já cresceram, tornando assim um sistema de extração de madeira bastante sustentável ecologicamente; assim eles preservam as suas florestas nativas. A Floresta Amazônica também pode oferecer diversos produtos através do extrativismo (consciente). Outra solução: mecanizar desesperadamente o campo de maneira que um lote de terra produza muito mais que do que dez lotes. É claro que essas são soluções fracas. Mais idéias podem surgir. É preciso pesquisar, desenvolver e promover. A Amâzonia é uníca, e deveria ser tratada mais respeitosamente. Não adianta sentir pena e não agir.

14 de set. de 2009

Recomeço

    Ele entrou na sala inesperadamente e todos os alunos olharam para ele com uma cara meio interrogativa. Automaticamente os alunos pegavam suas carteiras e as arrumavam em formato de círculo, não era preciso o professor pedir, a ação já era automática. Ausentou-se durante alguns minutos da sala e os alunos começaram um bate-papo frenético. Ao retornar o silêncio tomou conta e todos olhavam com uma cara de desinteressados por aquilo que vieram fazer na sala de aula neste dia pós feriado, estudar. 
    O professor olhou em volta e pensou no que ministraria em quatro horas junto com aquele bando de sonolentos. Os alunos começavam a tirar seus textos de suas mochilas, uma montanha de textos. E a pergunta fatal foi deferida: "O que vocês entenderam sobre os textos?". Alguns rostos ficaram indiferentes, outros se contraíram tentando lembrar de alguma valiosíssima informação de algum dos textos. Dois minutos de silêncio se passaram e alguém começou a falar alguma coisa que soou meio sem sentido para mim. 
    O mestre falou durante 4 horas, com poucos intervalos para comentários de alunos, estes não se mostravam muito interessados nos assuntos discutidos. Ainda após ao final da o mestre indagou que deixaria mais textos para que lêssemos para a o próxima aula. Uma pilha de textos. Pediu também que trouxéssemos diversas bugigangas de casa. Afinal, preencher 4 horas de aula não é fácil.



13 de set. de 2009

Dê-me o meu Diploma



    Nós nos submetemos durante nossa vida  a provas para o nosso conhecimento. Como testar nossas habilidades com relação a determinado assunto? Provas. Como provar que algum conhecimento foi adquirido? Diploma. Estudar para realizar "a prova"; estudar para conquistar "a vaga". Professor, o que cai na prova e qual é o dia do teste?
   Onde estão as discussões em torno do conhecimento que gera cidadãos conscientes sobre o meio em que vive? Cada um tem uma análise diferente da vida. Provas provam coisas que daqui a algum tempo eu não me lembrarei mais. O verdadeira conhecimento está no estudo das idéias. A idéia em si não é importante, importa sim o que eu posso extrair desse conhecimento de maneira quem eu possa aplicar isso na realidade, tornando-a melhor... 
Questão número 1: O que foi o holocausto? Reformule: O que o holocausto representou para a humanidade? O que podemos extrair desse episódio para os dias de hoje?
Nós somos uma máquina de decorar, que com o tempo definha e consequentemente o conhecimento se esvanece. Aplicar idéias na nossa vida torna o conhecimento inesquecível.