5 de set. de 2010

Alma

Tenho algum tipo de bloqueio ao encarar estes teus olhos verdes. Aglomerações das mais exuberantes árvores tropicais. Brisas refrescastes e calor o tempo todo.

Perco-me, coberto até a garganta por tantas árvores. Na verdade posso nadar nesses seus olhos. Ao acordar, encontro-me petrificado e fascinado.

Em outro tempo, superei conhecidos olhos azuis. Naufraguei em profundidade, e  não me foi dada a oportunidade de nadar de volta. Acordei em uma ilha qualquer, por acaso, sem saber por que.

Enquanto por lá estive, olhos negros vieram a tona. Clareza ausente, monocromia tediosa e amendontradora. Desses olhos corri. Correndo, na mata entrei. Entre as árvores, encontrei os verdes olhos. Sem profundidade, sem medo, sem ameaça. Apenas um bloqueio, um frio na barriga e alguma fascinação.

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