14 de jan. de 2011

Contos...

Viu nos olhos a mentira que circundara todos os últimos minutos. Havia maquinado a vingança em exatamente dez segundos. Dois para puxar a arma, cinco para proferir algo de impacto, três para disparar e olhar o corpo tocar o chão.

Olhar o corpo tocar o chão não era opção, consistia na parte mais excitante para ele. E a gravidade impede outra situação.

Lâmina não deixa rastros para exames de balística, mas seu manuseio descuidado resultaria em uma bagunça desenfreada baseada em respingos de sangue. Nada de usar os punhos. Seria uma luta em desvantagem, em que o alvo seria mais habilidoso no corpo a corpo. Escolhera a arma de fogo e efetuara o trabalho sem o risco de expor-se ao inimigo. 

10 segundos.

O corpo tocou o chão. Um silvo de respiração. Apreciava a pólvora e o momento. 

Sirenes são estúpidas, alertam da chegada dos problemas. Entretanto, assim é para que todos saiam da frente. E espantam os alvos também.

A janela está aberta, a brisa refresca o sangue pouco morno. Os técnicos examinam o corpo, e o autor do incidente já reside longe.

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