17 de mar. de 2011

Natália

Sinal vermelho, o qual se apresenta como oportunidade para uma profunda respirada. Esquecemos do trânsito por mínimos segundos e olhamos para si mesmos.

Ao lado de Natália seu colega de trabalho, ao qual de vez em quando uma carona oferecia. Sinal vermelho, e ela sentiu um específico desconforto naquele dia.

Um sensação familiar, parecida tal qual uma que sentira a pouco tempo por alguém. "Não pode", pensou. "Não poderia", cismou. Então, brilhantemente, através da inquestionável sagacidade feminina, achou a salvação. Simularia algo com tamanha teatralidade que enganaria a si mesma.

Sinal verde. Infringindo as leis de trânsito e outras leis que regem a vida, sacou o celular da bolsa e discou para o número denominado "Toni", também conhecido como presente namorado. Conversou melosamente com o indivíduo, dizendo um "te amo" e um "também" ("estou com saudades", provável complemento) com inabalável veracidade.

A partir daí, Natália ficou tranquila.

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