28 de mar. de 2011

Sorria, você não está sendo filmado

Ao lado, no banco de qualquer lugar, havia uma garota. Cabisbaixa, algo como que chateada, mãos atadas à bolsa, a qual contraía contra ao peito. "Ei, quem é você, porque está assim?". "O dia poderia ser pior", diria. Pois, explicaria, "o mau tenderia ao infinito, assim como uma teoria matemática financiada por áreas quadradas".

E como a tal matemática que não compreendo e com a qual não lembro de compartilhar facilidades, a feição cabisbaixa da moça continuava misteriosa. "Apenas aceite minha singela teoria". Diria mais, "pegue sua bolsa e vá tomar um sorvete". Eu até pagaria, sem compromisso ou intenção alguma. "Esfriar a cabeça", completaria.

Supondo um convite aceito e um rápido lanche, despediria-me dela com um sorriso meio forçado. Não sou pesquisador ou cientista, na verdade. "Mas, de fato, todas essas mazelas tendem ao infinito". Seu dia foi ótimo, sorria.

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