Passa na rua, em uma escuridão noturna, certo ônibus refrigerado. As pessoas se sacudindo junto ao veículo, um vai e vem de corpos e partes metálicas. Avista-se algum revestimento de vidros embaçados, com gotículas de águas visíveis e sombras fundidas. Lembra um açougue, com suas peças de carnes geladas ao balanço de um recente manuseio do açougueiro.
É o chamado turno noturno. As peças deixam o veículo, dirigem-se aos seus destinos. A casa do chefe, de onde se adquire sustento. Ali, todas são devoradas.
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