21 de dez. de 2009

É a vida! (23)

Apuã avistou um pedaço de madeira fincada na terra seca e correu em sua direção. Com muita força bruta e técnica, quebrou a madeira de maneira que uma de suas pontas ficasse extremamente afiada, fabricou-se a arma.

Correu em direção ao adversário com a força de um leão e a destreza de uma lebre, arremessou o instrumento de batalha com precisão, delicadeza e fúria. A tosca lança cortou o ar como se estivesse no vácuo, parecia possuir velocidade sobrenatural. O alvo observou o ato estático, sentiu a pressão em seu peito e contemplou a dor de ter seu coração cheio de paixão dilacerado pelo tosco e improvisado armamento. Voou 10 metros e seu corpo ficou pendurado em uma árvore, o sangue jorrava misturando-se às águas riacho.

Água tingida de sangue, ciúme saciado e sorriso de vencedor.

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