26 de dez. de 2009

É a vida! (24)

Na noite tempestuosa e nebulosa, corre o índio fugitivo, caçado por matar sem motivo algum. O ciúme é a faísca que acende o rio de combustível da fúria, fez-se o desequilíbrio entre o bem e o mau, sombras mais tenebrosas que noite sem luar cobrem o coração e permeiam as atitudes de Apuã.

Corre e depara-se com ruídos nos arbustos. Pega sua lança e prepara-se para deferir o golpe no vulto entre a mata, entretanto, olha mais atentamente e reconhece o ente querido.

- Não machuque sua mãe de criação, Apuã. Venho lhe trazer conhecimento do passado, pequena criança.

Ataia pegou a bolsinha que guardara durante muito tempo, entregou-a para Apuã.

- Aqui está tudo o que precisa saber sobre seu passado, vá em busca de alguém que possa ler estes escritos para ti.

A índia velha desaparece dentro da mata, ágil para sua idade e com o coração amendontrado pelo seu filho querido.

- Que diabos o passado me reservou, mãe natureza? E o futuro, o que me trará?

O raio de sol penetra no vapor de água sob a folhagem das plantas. O índio corre em direção às grandes construções, montanhas altas e retangulares.

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