10 de jul. de 2010

Teorema do Chocolate

Chocolates são pessoas, assim como pessoas são chocolates. Dos mais amargos aos mais doces, dos recheados aos incrementados. Dó daqueles que não gostam de chocolate, ou que os evitam. Chocolate é complexo e sensacional. Dó de vocês.

Para aqueles que contemplam o chocolate: observem. No primeiro momento, supomos que pessoas são chocolates do tipo predileto, nosso preferido; e que, inicialmente, não há nada para classificá-las em uma categoria não apreciada. Mas, ao aproximarmos, sentimos qualidades inerentes a cada um, especificidades. Umas agradam, outras não. Será a hora de caçar o sabor ideal para o seu paladar.

Há aqueles que apreciam os amargos. Pois se ninguém é perfeito, porque haveriam de viver só de doçura? Até no amargo reside o prazer, a singularidade de um sabor ex-clu-si-va-men-te amargo. Mas não é completamente amargo, é meio. Meio amargo, pois a qualidade completa o defeito e o sabor é sem igual.

Os doce talvez seja o mais requisitado. E, como sempre, cuidado: doce demais faz mal. Adoramos o doce, mas sujeito doce cansa. Daí você sente falta de uma diferença, caí na tentação do amargo e vê que não é tão ruim assim. Talvez o doce nos cega e em sua mente há um plano para nos fazer mal. E quem disse que no amargo também não reside um plano diabólico?

Chocolate recheado é o elemento surpresa. Experimentou e viu algo que não deveria estar alí. Mas está, faz parte, é parte do sujeito. Não há como chorar, o jeito é dispensar. Para evitar o desperdício, ofereça-o a outra pessoa, mas avise do conteúdo chocante.

Incrementados querem aparecer demais, duvidamos de sua qualidade. Mas quando sentimos o aroma extravagante, bom aroma por sinal, e sua aparência exclusiva, e bela, caímos na tentação. Decepciona ou não. Sorte, talvez. Pode ser tão bom quanto aparenta, ou pode ser vazio de sabor.

Chocolates são pessoas, assim como pessoas são chocolates. Dos mais amargos aos mais doces, dos recheados aos incrementados. Uma grande degustação de chocolate.

2 comentários: