5 de out. de 2011

Dançando na chuva

Quisera eu que todos os dias tivessem este começo agradável, molhados pela chuva, assim, úmidos e serenos. Um sono pesado de início, acrescido de um despertar difícil e que vale a pena. Pois exercer atividades em clima incomum até realçam minha criatividade e meu bom estado de espírito.

Parece que isso marca uma exceção.

A chuva talvez realce personalidades. Libera certo mal humor, dificilmente bom, ou atitudes abruptas, por vezes lamentáveis. A humanidade fica suscetível a ser ela mesma. Assim, para entender e de sobra experimentando o estado de vítima, espiei motoristas e a correria em avenidas alagadas.

Daí, descobre-se a aclamada falta de educação. Até acredita-se que o ser humano nunca possa ser bondoso com alguém ou algo. Desconsiderar pedestres, imaginar um mar a sua frente, um grande e pomposo iate em mãos, todos agora navegando, espirrando água nos indivíduos das laterais. Ah! não importa nenhum deles!

É o tipo de diversão sem senso de coletividade e maldosa, sem senso nenhum. Como se motoristas odiassem chuva e, por isso, descontariam sua ira com cargas d'água em pedestres. Os chamados cretinos. Até acredita-se que o ser humano nunca possa ser bondoso com alguém ou algo. Mas, entretanto, essa atitude esdrúxula e a presente filosofia pessimista nunca afetariam meu bom humor, oriundo deste gostoso e inspirante clima chuvoso.


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