9 de out. de 2011

Altas emoções... melhor comprar um animalzinho

Preparara a festa com tamanho entusiasmo que esquecera de ajeitar a si mesma. Então, em um ato de desespero, correu para o banheiro, sacou a escova de cabelo e começou a se pentear. Perfumou-se além da conta e exagerou no batom. Borrou-se e nem notou.

Não tivera tempo de limpar os sapatinhos, improvisou com um pano úmido e não resolveu quase nada. Arrebatou o vestido por sorte previamente passado, analisou o cheiro de mofo e vestiu. Acrescentou mais algum perfume para desiludir o mal cheiro.

Lembrara do grande tempo sem um banho. Sorriu quando viu novamente o frasco. Perfumou-se novamente. O cachorro, Loló, afastou-se incomodado. Deitou em um canto e dormiu.

Pegou uma garrafa d’água e encheu de gelo. Reconheceu e aceitou o erro de deixar a comida previamente exposta. Tudo esfriara com rapidez. Ligou o forno e deixou de prontidão. “Quando ele chegar, a comida vou esquentar”.

Deixou a garrafa d’água ao lado de sua cadeira predileta, agarrou Loló e sentou-se ligeiramente deitada. Esperou durante duas horas da noite e três da madrugada. Adormeceu. Acordou e notou que Loló comera toda a comida. O gás acabou e o frasco de perfume jazia dilacerado no chão. “Loló!”.

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