13 de nov. de 2011

Pouco metódico

Sem graça este local, uma mistura de quatro cores intercaladas por letras. Mais agradável é o vento lá fora, os cachorros na calçada e as acerolas prontinhas para saborear. Aqui, a situação é esteticamente deplorável, porém séria. Diria até mais saudável.

Saudações ao meus pensamentos, aqueles que por aqui aparecem. Pois, assim, poderei saborear as acerolas, curtir os cachorros e sentir o vento. Despreocupar e me concentrar. Esvaziar a mente, e isso não está na moda. Incomum, e faz muito bem. Aliás, nem tudo da moda é bom.

Investi erroneamente em alguns fatos. Não percebi os resultados esperados, muito menos avanços relevantes. Talvez fossem duas ou três situações em que trabalhava. Todas falharam. Portanto, pensei no fracasso. E preferi acreditar em escolhas erradas. Agora deixarei as certas me encontrarem.

Então, de volta ao zero de expectativas. Disse, algum dia, que a bendita expectativa é melhor que a concretização do fato. Pois, assim vive-se de sonho, e enquanto assim o é, perfeito me parece. Quisera viver de ilusões por muito tempo, mas descobri que até mesmo o fracasso torna-se necessário. Pois, assim, abrem-se portas para outras expectativas. Estas talvez concretizadas e, por sorte, permanecendo idênticas aos sonhos. Duas ou três é melhor que uma.

Voltemos as acerolas, pois já existem e são doces. O vento se revela ao derrubar as frutinhas maduras, e os cachorros as abocanham com sagacidade, ainda em queda livre.

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