22 de mai. de 2012

A chuva, a cidade submersa e um banho do carro

Este casaco é tão estiloso e cumpre muito bem sua função, até demais. Transmite certo caráter fechado e negro, aliás, engana muito bem. Ainda quero muito dormir com a varanda aberta, contemplando a cor escura da peça, enfim, já está sempre tudo escuro. Apenas finjo que posso ver coisas que se confundem com a penumbra.

Novamente, e quase que sempre, fecharam a varanda. Nem sempre se pode trancar certas coisas, ou mantê-las abertas. Um noite quente de novo, assim não sendo, no mínimo, transpirei um pouco.

Fazer as coias com o suor do próprio trabalho, bem como conquistar e zelar pelas coisas. Comprar, amar e usar. Além de tudo isso, não se pode correr atrás para sempre.

Um bom banho para lavar o cabelo, pegajoso com suor do travesseiro (de dias). Prefiro ir ali fora caminhar na chuva. É fresco e úmido. De verdade úmido, sem quebra-cabeças ou labirintos. No máximo, morrer de frio.

Hoje vou dormir ao relento, o som da chuva de background. Quem precisa de outra coisa, quando se tem tudo isso. São muitas gotas de chuvas, hoje, todas suas e minhas.

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