27 de dez. de 2009

Cão de Guarda

É curioso observar homens e mulheres em lojas, quando elas estão atacando as mercadorias. Parece que a raça masculina é indiferente para com a demora de suas companheiras para a escolha dos produtos, simplesmente sentam em um banquinho ali por perto e aguardam a complicada decisão das mulheres, na verdade, assistem a indecisão com olhos abatidos e rostos de desentendidos. Não discutem, talvez não o façam por amá-las demais ou por não quererem aborrecimento, eles já tem de enfrentar o decrescimento dos números da conta bancária, porém, para amenizar o buraco na conta, negam gentilmente a compra de alguns utensílios, com muito carinho e delicadeza em suas palavras, "não gostei, benzinho", "não combina com você", "poderás encontrar algo melhor em outra loja"; são basicamente vigias das consumidoras em potencial, afinal, doerá no bolso deles. Tudo isso é fruto de uma relação em que o homem é detentor da renda, mas quando a mulher tem renda própria a coisa muda. O homem é mais feliz e rico, não tem mais de vigiar as compras da mulher, saí passeando pelo shopping sozinho e larga a mulher nas lojas para que seja atacada por vendedores famintos por clientes e vendas, agora o rombo financeiro é por conta delas. Eles resolvem seus problemas, cuidam da aparência, compram coisas legais: o homem também tem de se divertir nas compras e contemplar o prazer do consumo.

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