O chão era de uma requentada seleção de mármores coloridos e nobres. As janelas tinham cortinas de uma cor azul-celeste, vidros temperados esverdeados e armação em aço inoxidável. Os móveis lembravam castelos medievais, com toques de maçonaria. O canto da parede ostentava uma conjunto de espadas diversas, de diversos tamanhos e posicionados com algum significado desconhecido. O rodapé era de granito preto e alto, o que dava ao ambiente um ar suntuoso. Um pequeno palácio em uma zona de classe média, muito bem escondido. Porém, alguém encontrou essa maravilha.
Ele não acreditou no que o acaso lhe concedeu. Interessou-se pela decoração estilo idade das trevas, sentou em uma poltrona com detalhes em bronze e ficou rodeando o ambiente com os olhos. Aprendia com cada objeto, guardava as imagens com prazer, pois era tudo encantador. Chegou perto do conjunto de espadas, tirou a de tamanho médio da bainha e começou a golpear o ar. Golpeava e ria. Fingia ser samurai, cavaleiro, pensava em salvar a princesa, matar dragões... divertia-se com a relíquia que ainda era preservada de maneira surpreendentemente afiada.
Da janela a donzela observava o instrumento do seu amado, naquele momento manuseada por um bárbaro. O cavaleiro partiu sem sua companheira de batalha. Subiu ou desceu desarmado. Desonra, vergonha.
Lágrima no rosto de Bárbara.
Olhos de John em chamas.
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