22 de jan. de 2010

Instinto

Após sair da aula do Centro de Formação de Condutores a coisa mais sensata a se fazer é chegar ao outro lado da via utilizando a faixa de pedestres. Mas não, a faixa estava longe e ele não perderia tempo, adicionada a má vontade. Atravessou imediatamente em frente, passando por local inadequado para uma travessia segura, confiando apenas na autoconfiança. Para que serviria aula de legislação de trânsito? Instinto.

Bate a fome e a preguiça de achar um lugar decente para uma boa refeição, bolso fechado vem junto. Então bate na portinhola de nossas mentes idéias malucas. O supermercado está à frente, que tal um lanchinho? Fazer compras? Não... lá tem cafezinho de graça em copinhos descartáveis extremamente higiênicos. Chegando por lá ainda se depara com um pote de biscoito, com uma inscrição animadora: degustação. Pronto! Almoço no supermercado. Café  e biscoito. Para que gastar dinheiro com refeição? Pode-se comer de graça! Instinto.

Por último a vontade da sobremesa. Aí o bolso abre, pois sobremesa é essencial. Faz-se o ritual da escolha do biscoito e do chocolate. Escolha concluída, hora do caixa. Logo após, senta-se ali mesmo por perto e devora as recentes comprinhas. Por que procurar um local agradável para comer as guloseimas, longe de olhares curiosos? A vontade vem e comemos, não importa onde. Instinto.

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