23 de fev. de 2010

Sem Título

Uma árvore deve sentir muito tédio. Ficar naquele mesmo pedacinho de terra, olhando as mesmas pessoas passar por ali todo dia. Sempre passam pelo mesmo lugar.

Ao mesmo tempo é uma sortuda. Pode sentir o frescor do vento passando pelas suas inúmeras folhas encharcadas de orvalho e ter uma visão privilegiada do ambiente. Elas não veem, mas sentem as coisas muito melhor que nós.

Quando o ambiente está envenenado, elas são as primeiras a sofrer. E não reclamam, apenas morrem em silêncio. Morte lenta e cruel. E fechamos os olhos, logo também deparando com o sofrimento.

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