25 de set. de 2009

História da vida real

   Os jovens acordaram cedo. Haviam previamente preparado todos os aparatos para o ritual que iria acontecer aquela tarde. Tomaram um café da manhã super reforçado e repousaram durante o resto da manhã, esperando ansiosamente o início da tarde.
   Ao começo do entardecer ambos se dirigiram ao cais, de onde pegaram uma embarcação para o tão esperado destino. Suas mochilas estavam repletas de parafernálias, as quais pareciam objetos de tortura. Pensavam e repensavam como fazer aquele trabalho, tinha que ser bem feito, tinham que mostrar que eram os melhores.
   Desceram e vestiram o traje adequado para a ocasião. Juntaram-se a outro grupo de rapazes e prosseguiram para o lado oposto da ilha. Conversavam, bebiam e comiam; seguiam para a experiência que aconteceria uma vez na vida deles e marcaria o início do que eles julgavam ser maturidade.
    Entraram na água e acenaram para a multidão que os observavam da praia. Esperaram pacientemente os animais se aproximarem, com o intuito de brincar. As armas foram reveladas e golpes e mais golpes foram deferidos contra a frágil estrutura dos amigáveis mamíferos.
    O azul se misturou ao vermelho; agora eles eram homens: o arquétipo da destruição.


Na Ilha de Feroe, na Dinamarca, jovens participam de um massacre com o objetivo de demonstrar que já chegaram a idade adulta. Eles entram na água e aguardam a aproximação dos golfinhos. Os golfinhos, da espécie "calderon", se aproximam com o intuito de brincar, fazer amizades. Eles são cortados, pelos jovens, duas ou mais vezes com ganchos grossos e agonizam até a morte.




                                    

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