Extremamente cético. Nunca acreditara em nada que lhe falassem - era preciso ver para crer. Ficou sabendo da morte de sua mãe. Não acreditara, obviamente. Então apareceu na sua casa de infância, naquele clima bucólico do interior alemão. Definitivamente era uma armadilha. Mamãe não estivera satisfeita com as atrocidades do filho e o traiu. Foi uma facada... Sim! Uma facada no peito do policial que o tentou agarrar. Mamãe chorou enquanto sangue jorrava no rosto de seu filhinho. Ele gostava - era sua arte. Chegara a hora da fuga. Obviamente que estava cercado. Pegou a mãe como refém e saiu correndo. Mamãe chorava e ele ria, é a vida. Alguns helicópteros o perseguindo? Ele havia passado por coisa pior. Não.. não o pegariam naquela tarde, na terra onde ele cresceu. Ele correndo com mamãe e mamãe chorando. Ele sabia onde se esconder, e sabia muito bem.
Avistou o açougue, entrou e se enfiou entre as peças de carne ensangüentadas, mamãe odiou. A polícia foi despistada, ele tinha sorte.. acreditava que estava destinado ao sucesso, à vida eterna - nada poderia detê-lo. Sua autoconfiança sempre o salvara.
Passada a adrenalina do momento, sua mãe berrava igual uma porca. Sim, ela era uma porca para ele. A mesma cuspiu em seu rosto, como um dia fizeram com ele. Segurou-se para não matá-la, ainda era sua mãe - infelizmente. Correu com a roupa bacanérrima, modelo pig-red, sua mais nova criação - praticamente um desfile de moda. A partir daquele dia decidiu ser um estilista - um artista da moda.
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