30 de out. de 2009

É a vida! (7)

Havia matéria-prima fresca.
John Relik sentou ao redor de uma mesa estranhamente redonda e começou a contemplar a criatura em movimento. Observou o desenrolar da tragédia dos útlimos minutos de vida de Catharine.
- Hmmmm, aí não... aí não pode... virá para lá... vira para lá....
Ausentou-se por alguns minutos, fora pegar a sopa de beterraba que havia ficado pronta.
- Já volto, meu bem.
Voltou brevemente, sentou-se e cruzou as pernas.
- Para com isso, larga... larga...
A criatura revoltou-se, juntou as últimas forças não sei de onde e tentou atacar o jovem extremamente barbudo. Na luta desengonçada, o prato de sopa caí no chão. John berra histericamente enquanto Catharine fica encolhida em um canto da úmida sala.
- Meu jantar! Meu jantar! Eu até gostava de você!
Ele saiu correndo, os olhos esbugalhados e a cara demasiadamente vermelha. Algo de ruim iria acontecer.
- Sua cadela!
Voltou em poucos minutos, com uma espingarda na mão.
- Vem cá bichinho... vem cá!
Ainda procura, sem êxito.
- Aparece! Aparece, eu tô mandando!
Sentiu algo atravessar seu fígado. Sentiu dor, mas a sua raiva era mais forte.
- Vaca!
Golpeou baixo, tentando acertá-la. Não obteve êxito.
- Te pego, te pego!
Catharine encontrou outro espeto de churrasco, agora ela o atingira no pescoço.
John caí, jorrando sangue em sua sala de estar. Catharine corre, corre para longe. Haveria ela ganhado liberdade?

Nenhum comentário:

Postar um comentário