10 de nov. de 2009

É a vida! (14)

Uma belíssima coruja aterrissou no orelhão, atenta ao ambiente noturno.

Silêncio absoluto em volta da humilde casa amarela na Rua dos Coqueiros, número 298. O cachorro sentiu a vibração estranha no ar, latiu algumas vezes mas logo se deu conta que iria se dar muito mal. O agente do FBI silenciou o pobre animal que agora jazia no chão, sem vestígio de vida canina. O agente deu o sinal, as equipes avançaram com tamanha destreza que não se sentia nem a vibração do ar por onde passavam.

John já estava careca em sentir cheiro de sujeira. Mas nessa noite a equipe era profissional demais, daquelas muito bem treinadas e acima de tudo: muito bem pagas. Ele percebeu a sujeira tarde demais, mas não tarde o suficiente para conseguir fugir - teria de usar suas habilidades animalescas para se safar da empreitada.

Linda acordou assustada com o arrombamento da porta da casa, John nem ligou - estava preparado para a guerra.

- Não saia de trás de mim!

Munido de um canivete e de duas facas de cozinha, ele calculou a rota de fuga e se preparou para extirpar os obstáculos de sua frente.

Seria uma fuga como nunca efetuara antes...

- FBI! Você está cercado!

- E você liquidado...

Em um movimento de Caratê meio Kung Fu, John facilmente atirou longe a arma do agente e o estrangulou com suas próprias e poderosas mãos. Quem tentou impedi-lo acabou com uma faca estratégicamente alojada no pescoço de onde jorrava rios de sangue.

Linda sabia que estava em boas mãos, assassino mais profissional que John era raridade.

A casa ainda se encontrava cercada, do lado de fora o comandante tentava contato com a equipe 27-06-Cabeça-de-Formiguinha, a qual decorava a cozinha de Linda, em vermelho-vivo.

A coruja observava de longe a movimentação na Rua dos Coqueiros. Logo se interessou por outro assunto e alçou vôo na direção oposta ao espetáculo.

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