Sirenes ao longe sinalizavam a gravidade da situação.
O serial killer, internacionalmente conhecido como O Ladrão de Corpos, estava cercado em seu estabelecimento, mais precisamente denominado esconderijo, pouco óbvio. A Imprensa internacional cercou as redondezas, era impedida de avançar para arrancar informações sobre a operação em andamento. Jornalistas caiam no chão em consequência das cotoveladas e pontapés dos policias os quais cercavam a tenda de operações.
Com uma equipe desaparecida o Comandante começou a se desesperar, sabia que estava lidando com um ser humano com insinuações divinas. Ninguém conseguira parar esse doido, seria sorte ou algo sobrenatural? Essas teorias dançavam na cabeça do Comandante até o momento em que ele foi interrompido pelo seu ajudante:
- Senhor, perdemos a equipe 2!
John estava vestindo sua roupa de guerra fresquinha, uma mistura de sangue e tripas humanas. Linda andava sempre ao seu lado, com os olhos arregalados e as mãos acariciando o ventre já pontiagudo.
A equipe 3 avançava cautelosamente sobre o chão de madeira da casa demasiadamente velha e esburacada. Do lado de fora, a casinha de madeira bem vagabunda parecia uma casa tão pequenina, mas por dentro e em direção ao centro da terra se revelavam grandes passagens subterrâneas, uma das quais davam acesso ao porão de artes de John.
John sempre esteve a frente do inimigo, melhor dizendo: atrás. A equipe 3 composta por 5 membros foi perdendo 1 a 1 de seus componentes:
- Garra-01 responda!
- . . .
- Garra-02 responda!
- . . .
...
- Comandante, perdemos a equipe 3, 00-Garra-de-Felino!
- Envie a equipe 4!
- Senhor? Não existe equipe 4!
- Envie a 5!
- Senhor, com todo o respeito! não temos mais equipes!
- Errado, sargento! Eu e você constituímos a equipe 5, 60-Fim-de-Papo!
Na casa em frente à casinha de madeira, um baixinho observava o movimento pela janela cor de laranja.
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